A história da feiticeira árabe, na região Ibérica, é
cercada de mistérios e misticismo da Europa e Brasil.
Ela falava bem a língua árabe, o português, Ladino e
Latim. Em seu peito brilhava o amuleto de proteção Eborense (âmbar). Ela
possuía a sabedora de ciências, alquimia, matemática, lia o Al corão e
escrevia, reconhecia as estrelas do Céu, lia sorte nas areias, nas estrelas e
sabia a magia ancestral dos beduínos islâmicos.
Sabia matemática, reconhecia as estrelas, sabia ler a
sorte nas areias... Ela conhecia a magia de seus ancestrais muçulmanos* mas,
também vivendo no século XIII [anos 1200], também sabia [da magia] dos
celtas... (FARELLI, 2006 – p 33). Todavia, a moura pagã era, ao mesmo tempo,
devota cristã: ...a velha bruxa já tinha feito a peregrinação a Santiago de
Compostela [tradição cristã]... Já tinha ido à Sé de Braga, muitas vezes, pagar
promessas... E, ainda: ...a bruxa de Évora não era uma herética. Era uma
mulher que conhecia as rezas (Ibid., p 41).
Sua velha tia moura em Portugal, lhe ensinou as
práticas das magias dos mouros em Évora, que segundo os escritos da história
eram chamadas “As Feiticeiras de Yeborath”, sendo muitas mulheres não somente
uma, e estes ensinamentos eram passados de descendência para
descendência, vindos da Babilônia.
A região destas Feiticeiras morenas árabes, denominada
IEBORA ( Cruzado , cruzamento , encruzilhada ) aparece no contexto de
estudo da Bruxaria, e História das Feiticeiras vindas da Babilônia.
A Bruxa de Évora possuía 7 moedas de ouro do Califa Omir,
uma pedra ágata com escrituras árabes e uma chapa de prata com nome do Profeta Maomé
.
Chamaram-lhe Ebora os celtiberos, e como Ebora Cerealis a
tem nomeado Plínio, o Velho, na sua História Natural, o que servirá para dar
testemunho de que as planuras transtaganas já davam pão, pelo menos dez séculos
antes que os "alentejanos" (os que viveram e vivem além do Tejo...)
se tornassem portugueses (SARAMAGO, 2001).
A origem da palavra Yeborath também pode se indicar
agulhas, muitos estudiosos místicos indicam como “ A bruxa das Agulhas”, por
conta de também saber usar as magias das agulhas ancestrais antes do Islã.
Sua chegada ao Brasil foi contada por Ciganos que por cá
se aportaram, em fogueiras das chamadas tribos, diziam que a Bruxa chegou ao
Brasil por ser encantada.
Acreditava-se que a palavra possuía muito poder, e quando
falamos de personagens místicas ou secretas, as mesmas se apresentam pela força
da palavra humana.
Anthony Mohammad
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